EUA: Psicóloga trans se incomoda com o aumento de adolescentes que querem mudar de gênero e fala em ‘moda

Uma longa reportagem do jornal Los Angeles Times mostra a visão da psicóloga Erica Anderson, 71 anos, uma mulher trans que é uma das poucas profissionais de saúde mental especialista na transexualidade.

Por ser cada vez mais procurada por pais de crianças e adolescentes que desejam mudar de gênero, ela se mostra preocupada com o que ela chama de “moda” e passou a questionar publicamente esse aumento de adolescentes se assumindo como trans ou não-binários.

Para ela, algumas crianças que se identificam como trans estão caindo sob a influência de seus colegas e das mídias sociais e que alguns médicos não estão submetendo menores a avaliações rigorosas de saúde mental antes de recomendar hormônios ou cirurgias.

Seu ceticismo em acreditar que todas essas pessoas realmente estão ‘no corpo errado’– e sua vontade de falar diretamente ao público – a coloca no centro da guerra cultural dos Estados Unidos por crianças trans.

“Dizer categoricamente que não poderia haver qualquer influência social na formação da identidade de gênero vai contra a realidade”, disse a psicóloga clínica Erica Anderson. “Os adolescentes influenciam uns aos outros”, diz Anderson.

A psicóloga faz parte da American Psychological Association (APA), entidade que segundo a reportagem está desenvolvendo diretrizes para cuidados de saúde com pessoas trans e seus familiares que buscam cuidados médicos para crianças que não passaram por avaliações rigorosas antes de iniciar os tratamentos com bloqueadores hormonais ou cirurgias.

Anderson acredita que o uso de hormônios “resultará em muitos mais casos de maus resultados e crianças e pais desapontados” porque acreditaram que os bloqueadores curariam os outros problemas psicológicos dos seus filhos. “Não vai”, diz ela.

Redação Exibir /Leiliane Lopes

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