Por Leiliane Lopes
O antropólogo Juliano Spyer se mudou para a periferia de Salvador (BA) para fazer um estudo de campo. Por 18 meses eu vivenciou o dia a dia de famílias pobres e pode perceber o que estudos antropológicos e sociológicos já confirmaram: se tornar evangélico melhora a vida dos brasileiros mais pobres.
Em um artigo publicado pela Folha de São Paulo (leia aqui), exemplifica situações comuns nas periferias que são modificadas em razão da conversão.
Uma delas é a redução da violência doméstica relacionada ao alcoolismo. Convertido, o homem precisa abandonar o vício, melhorando assim a questão conjulgal.
Outro ponto apresentado trata-se das ações sociais das igrejas, como as aulas de música e dança que atraem adolescentes que não são assistidos pelo poder público.
Os cursos de alfabetização das igrejas também é apontado como um fator social importante para os mais pobres. Ensinando as pessoas a lerem a Bíblia, as igrejas alfabetizam adultos e os encorajam a voltar para os estudos, e, por sua vez, isso melhora a empregabilidade e facilita a bancarização.
Pesquisa já constatou melhora social após a conversão
Uma pesquisa realizada em meados de 2010 pelo Data Popular, instituto que pesquisa o mercado popular no Brasil, já mostrava o quanto a conversão ao cristianismo evangélico pode mudar a vida social de uma pessoa.
O estudo sobre os hábitos de consumo nas classes mais baixas também coletou dados sobre o pagamento do dízimo na sociedade brasileira, mostrando que quanto mais pobre, mais propício a pagar do dízimo (8% da classe AB devolve o dízimo, 18% da classe C e 23% da classe D).
Na época, Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto, explicou que ao dizimar e participar da comunidade evangélica, o indivíduo consegue melhorar sua vida econômica.
O pesquisador mostra que a igreja cria um ambiente que faz com que essa pessoa amplie seus círculos de amizades e isso também ajuda com indicações de trabalhos e direcionamento em todos os setores de sua vida. Além disso, a mensagem pregada aumenta a autoconfiança e faz com que essa pessoa procure um emprego melhor.
“A igreja mostra que é possível melhorar de vida, e este cidadão munido de fé, renova sua autoestima e esperanças, e consequentemente, prospera”, disse Meirelles.