Youtuber colombiana processada por apoiar casamento tradicional vence caso na Justiça
Família
Publicado em 30/11/2021

A youtuber Erika Nieto obteve vitória após a Suprema Corte da Colômbia decidir a seu favor no processo onde um grupo LGBTQ+ exigia a exclusão de um vídeo onde a jovem defendia o casamento tradicional.

Defendida pela Aliança Internacional em Defesa pela Liberdade (ADF), a youtuber se torna mais um caso onde a liberdade de expressão e de crença se sobressai ao ativismo político.

O advogado da Nueva Democracia, Santiago Guevara, que representou Kika no caso, em apoio a ADF, comemorou a decisão. “Junto com Kika, estamos muito felizes que o tribunal anulou essa decisão de censura. Kika se manteve firme durante toda essa provação para defender a liberdade de todos de compartilhar suas crenças”, disse.

Na instância anterior, a youtuber chegou a ser condenada a apagar o vídeo publicado em 2018. Nele, Kika era questionada por seus seguidores e respondeu dizendo que casamento é apenas entre um homem e uma mulher.

No vídeo, Erika Nieto diz: “Deus criou o homem e a mulher para que pudessem estar um com o outro. Não considero que homens ou mulheres estarem com o mesmo sexo seja bom, mas tolero isso. Tenho amigos que são gays, tenho amigos que são lésbicas e os amo de todo o coração. E se eu sei de uma coisa e estou completamente certo disso, é que Deus é amor. E ele me chama para amar as pessoas. Sem julgá-los”.

Um ativista levou o vídeo para a Justiça dizendo que era "ofensivo" e o Tribunal Nacional aceitou a denúncia afirmando que se tratava de "discurso de ódio", ordenando a remoção do vídeo.

No recurso, a Suprema Corte Colombiana conseguiu garantir que Kika mantenha seu posicionamento no Youtube.

Em outro momento, a jovem comentou sobre o caso e defendeu a liberdade de expressão. “Ninguém deveria ter medo da censura ou de sanções criminais por expressar suas crenças profundas. Espero poder encorajar o debate e inspirar mais tolerância em relação a diferentes pontos de vista”, concluiu a youtuber em um vídeo.

Por: Leilaine Lopes

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